segunda-feira, 27 de abril de 2009

Conversa da revelação para os donos de cães!!

Esta história foi retirada na integra do site http://www.itsallaboutdogsforum.com/ e foi escrito pela treinnadora Cláudia Estanislau. Parece-me uma história que traz luz de forma perfeita para todo este conceito de treino positivo em oposição aos métodos tradicionais. Esta poderá ser perfeitamente a perspectiva do seu cão, porque de facto todos os cães só querem agradar os seus donos, embora por vezes não entendam como o podem fazer...

Aqui fica então uma conversa entre o Max e o Brutus, por Cláudia Estanislau:


O Max encontra o Brutus que está solto num pátio. O Brutus rosna quando vê o Max aproximar-se do portão

Max - “Calma companheiro, eu não vou invadir o teu território só venho conversar!”Sou pacífico!”

Brutus - “GRRRRRR! Também eu, mas o meu dono é que não gosta de outros cães, por isso é melhor ires embora senão sobra para mim..: GRRRRR!”

Max - “Como assim ele não gosta de outros cães?”

Brutus - “Não vês? De cada vez que um cão se aproxima ele puxa na coleira e estes espigões cravam-se no meu pescoço! Sai daqui! GRRRRRRR! Ele pode sair de casa e vem cá e fecha-me na garagem! Vai embora! GRRRRRR”

Max – “Credo nem tinha reparado, eu afasto-me então”Max vira-se e cheira o chão afastando-se. Já longe...

Max - “Como te chamas?.”

Brutus – “O meu nome é Brutus Não. E tu?

Max – “Eu sou o Max Muito Bem”

Brutus – “Porque é que não tens uma destas coleiras como a minha?”

Max – “Não sei... se calhar o meu dono não tem medo de cães ..”

Brutus – “Pois, mas sem a coleira como é que sabes o que podes fazer?”

Max – “Como assim?

Brutus – “Bom, o meu dono quando não quer que cães se cheguem perto ele puxa na coleira, mas por exemplo, quando quer que eu me sente também puxa na coleira para trás e quando quer que eu me deite também. Mas eu sou muito inteligente e já percebi, e antes que ele puxe, eu já faço o que ele quer quando ele diz aqueles sons altos, Platz por exemplo é quando ele quer que eu me deite. Eu deito-me antes dele ter que usar a coleira, assim poupo o meu pescoço”.

Max – “O meu dono diz o som deita quando quer que eu me deite. Eu também faço esse truque! Mas ele não usa a coleira.”

Brutus – “Mas sabes sempre que ele quer? No outro dia estavamos num sítio com muitos cães e eu fiquei preocupado e queria estar de pé para poder ver o que se passava e quem vinha lá, e o meu dono disse o som Platz, mas eu não sabia se ele queria mesmo que eu me deitasse, porque ele nunca me pediu isso antes quando estamos com tantos cães à volta e havia lá alguns cães não muito amigáveis, eu bem vi..:”

Max – “ que horror! Mas tentaste dizer-lhe que te sentias desconfortável a deitares-te à volta de tantos cães?”

Brutus – “Sim mas foi pior!”

Max – “Como assim?”

Brutus – “Bom eu, lambi os lábios e baixei a cabeça, mas ele ficou muito chateado comigo e ainda puxou mais na trela enquanto gritava Platz!. Depois disse que eu era “desobediente”. Sabes o que é isso?”

Max – Não...

Brutus – “Nem eu.... Mas deitei-me porque me dóia muito o pescoço dos esticões. Se tu não tens coleira como é que fazes?”

Max – “Bom o meu dono dá-me sempre uma recompensa quando eu me deito.”

Brutus – “Recompensa? Que é isso?”

Max – “Bom ele dá-me sempre um petisco, às vezes dá-me galinha ou então atira-me a bola, outras vezes joga ao tug comigo, é muito divertido”

Brutus – “Sempre que ele diz aquele som e tu fazes o deita ele dá-te isso?”

Max – “Bom nem sempre, mas quase sempre. Eu por via das dúvidas faço sempre porque quando menos espero ele dá-me algo e não custa nada fazer não é?”

Brutus – “Pois... assim é”

Max – “Já tentas-te dizer ao teu dono que os outros cães não fazem mal?”

Brutus – “Não sei como. Tudo começou quando ele me levou ao treinador. Eu não percebi nada do que ele diziam, mas o meu dono pôs-me esta coleira e o treinador disse que eu não ia puxar mais na trela. Eu senti-me muito desconfortável com esta coisa no pescoço e tinha que caminhar muito devagar, mas lá me fui habituando. Um dia quando passeavamos vi a Carlota sabes quem é?”

Max – “A Labradora do quarteirão de cima? Aquela com a coleira verde?”

Brutus – “Essa mesmo. Eu quando era pequenino brincava com ela, e então eu vi-a e chamei por ela. Ladrei e tentei caminhar para perto dela, para podermos brincar outra vez. Mas o meu dono começou a dar-me muitos esticões na coleira e começou a doer muito, e foi aí que eu me apercebi que ele tinha começado a não gostar de cães. A partir daí começei a dizer aos outros cães à distância para sairem do caminho do meu dono. Ladro alto para eles ouvirem bem e mostro que estou a falar a sério, mas o meu dono fica mesmo zangado..:”

Max – “Coitado do teu dono ele se calhar teve algum trauma quando tu não estavas lá”

Brutus – “Pois, mas eu por mais que ladre aos outros cães e os avise para se afastarem o meu dono continua a não gostar muito... Perdi todos os meus amigos e sinceramente deixei de gostar de falar com outros cães, nem gosto de os ver perto”.

Max – “Pois assim é complicado. Espero que o teu dono ultrapasse esse medo e te liberte dessa coleira feia. Nem sei porque é que a tens ao pescoço se estás no teu pátio solto”.

Brutus – “Ele nunca me tira isto. Diz que eu me porto mal quando não a tenho e que preciso de o respeitar. Sabes o que é isso?”

Max – “Não... desculpa não sei o que é”

Max aqui anda vamos embora companheiro! – chama o dono do Max

Max – “Tenho que ir o dono tem algo para mim! Boa sorte Brutus Não...se te vir a passear com o teu dono afasto-me não te preocupes..:”

Brutus – “Ó pá obrigada... Xau, foi bom conversar, mas não venhas mais por aqui.

Tradicional versus Positivo

Existe neste momento uma discussão no mundo do treino de cães acerca dos métodos que se aplicam, nomeadamente entre os métodos positivos e os métodos tradicionais. E de facto onde é que existe modificação de comportamento efectiva, onde é que o cão altera de forma fiável a sua atitude perante o estimulo que anteriormente provocava um comportamento não aceitável? Esta é a pergunta e acho que as diferenças são gritantes, mas vamos comparar...



Este video é o bom exemplo de que o cão parece aprender que tem de estar sossegado mas de facto o que acontece é que ele atinge um nível de stress tão elevado (patente na expressão facial do cão ao longo de todo o video) que no final ele entra em "learned helplessness", ele rende-se. Este fenómeno foi estudado colocando animais numa jaula e dando-lhes choques eléctricos repetidos e eles a tentar evitar os choques pulavam, davam dentadas no ar, contorciam-se, ganiam, até que por fim todos acabavam por se encolher a um canto imóveis, mesmo continuando a levar choques, ficando como que adormecidos. Eles sentem os choques, não ficam insensiveis, ficam num estado de desespero que poderemos chamar de "choque".



Este video demonstra o inverso do anterior. Aqui não existe uma imposição de estatudo por parte da pessoa, o que acontece é que se coloca o cão a pensar no modo de obter recompensas e consequentemente em agradar a pessoa, colaborando no treino e oferecendo o comportamento desejado. Podemos treinar qualquer comportamento desta forma, e mesmo parecendo menos imediato que os métodos tradicionais, não é, e os seus resultados são mais fiáveis em termos futuros. O cão depois de associar algo positivo ao corte das unhas nunca mais irá morder uma pessoa que lhas corte, porque isso seria acabar com algo potencialmente gratificante para ele.

Bons treinos!

sábado, 25 de abril de 2009

O Medo!

Artigo original escrito por Marie Finnegan em http://www.dogstardaily.com/.

É bastante frequente nos cães existir o medo de determinadas situações ou objectos e isto poderá vir de experiências vividas durante a fase de cachorro. Todos os cães atravessam esta fase que é a de socialização mas que também é uma fase mais propícia a formação de traumas. Por exemplo: o cachorro está na sua nova casa e uma visita de chapeu tropeça numa cadeira que cai ao lado do cachorro. Isto poderá desenvolver um medo de homens de chapeu. Obviamente a pessoa não o fez de propósito mas o cão não sabe isso. Para outros cães ou noutra fase de desenvolvimento, este acontecimento poderá ser assustador durante uns minutos mas depois é esquecido.
A atitude do dono deverá ser a de estar atento a atitudes medrosas inexplicáveis por parte do cachorro, algo que até a esse momento não desencadeasse nenhum medo mas que desta vez o faça. Ou então se demonstram nervosismo ou stress repentinos com tudo em geral.
A partir dai cabe-nos tentar mudar essa atitude. Não deveremos nunca forçar o cão a aproximar-se daquilo que o assusta. Poderemos atirar uma recompensa para junto do objecto que o assusta e abservar se ele se aproxima, ou simplesmente reforçar com festas cada movimento na direcção do objecto. Podemos também usar um clicker para marcar esse movimento, e cada passo no sentido do que lhe causa medo pode ser reforçado.
Se o medo for em relação a um objecto que se possa mexer certifique-se de que ele não se mexa enquanto o cão está a explorá-lo numa atitude de curiosidade, evitando a criação ou agravamento de medos. Assim que ele estiver mais à vontade junto do objecto parado poderá fazer com que ele se movimente.
Se o medo for em relação a pessoas estranahas em geral na sua casa não se deve esquecer nunca que um cão com medo é um cão potencialmente agressivo se aprender que isso afasta o que causa medo, e por isso deverá organizar umas jantaradas em sua casa o máximo de vezes possivel de modo a ter uma grande afluência de pessoas e procure que estas contactem com o cão e lhe deêm pequenas recompensas cada vez que se aproximam dele.
Se forçar o cão a aproximar-se do foco do medo ele poderá atingir um nível de stress que ficará incapaz de efectuar qualquer aprendizagem porque está no nível instintivo de luta ou fuga, e por isso incapaz de qualquer raciocinio. Poderá haver situações onde isso é necessário mas na maioria das situações ficaremos com um cão que se encontra numa situação de "learned helplessness". O cão parece ter aprendido a aceitar o que lhe causa medo mas de facto aprende que não existe outra hipótese, rende-se a nós. (É o que o Cesar Milan faz no seu suposto treino de cães) Isto não lhe retira o medo apenas muda a sua reacção, naquele momento.
Bons treinos

sábado, 18 de abril de 2009

Não existe limite ao treino positivo

Baseado num artigo de Claúdia Estanislau em http://www.itsallaboutdogsforum.net/.
As pessoas que não costumam encarar o treino do seu cão apenas por reforço positivo consideram normalmente que este método tem limitações e que eventualmente terá que se recorrer ao reforço negativo. Na verdade essas limitações estão na nossa cabeça e em mais lado nenhum, porque uma coisa é não imaginarmos como acabar com determinados comportamentos de forma positiva e outra completamente diferente é não existir uma forma de o fazer. Existe na verdade sempre uma forma positiva de acabar ou mudar um comportamento indesejado.
Todos os animais estão programados para o fazer, através da selecção natural do senhor Darwin. Imaginemos uma águia que tem um território e certa vez passa a voar num determinado vale encontra um coelho e come-o, a passagem por esse vale passa a ser parte integrante do itenerário de voo diário. Imaginemos uma pessoa que passa por uma rua e um dia encontra uma nota no chão junto de um poste, a partir desse dia é garantido que vai olhar sempre para o chão nesse sitio, não o consegue evitar. Agora imaginemos um cão que chora para lhe abrir uma porta e você farta-se de o ouvir a ganir e vai lá abrir a porta, a partir desse dia não vai chorar de solidão vai chorar com o propósito de abrir a porta. A isto chama-se sobrevivência e adaptação ao ambiente, aquilo que é reforçado é repetido e o que não é reforçado extingue-se.
Mas então como é que por reforço positivo extinguimos um comportamento?! Bem a resposta já está dada, através de não reforçar inadvertidamente o comportamento, ignorando o cão nessas situações. Imaginemos que estamos na hora de dar comida ao nosso cão e começamos a mexer no saco de ração no comedouro, etc., o cão começa aos saltos, suja a nossa roupa, derrama a ração pelo chão e dificulta a passagem da ração do saco para o comedouro connosco a gritar o tempo todo "TÁ QUIETO, TÁ QUIETO". Bem o que interessa em termos de treino de cães não são as nossas palavras são as nossas acções e a moral da história é que no final deste fernezim ele está a comer alegremente perfeitamente convicto de que foram os seus saltos que levaram à recompensa. Ninguém gosta destes comportamentos mas estamos a reforçá-los inadevertidamente e o que devemos fazer é reter a comida até que nos seja oferecido um comportamento "educado" por parte do cão e nesse momento dar a comida, fazendo isto extinguimos o comportamento antigo e reforçamos o novo.
No entanto o que um dono de um cão deve ter em mente é que em todos os momentos de um dia o cão está a ser educado, ou seja, todos os comportamentos que são produzidos pelo cão serão reforçados ou ignorados pelo dono e através disso ele irá repeti-los ou entrarão em extinção. Mas se no inicio o cão aprende que determinado comportamento é reforçado (como ganir e os donos aparecerem nem que seja para ralhar) quando o dono resolver extinguir o comportamento vai-se deparar com uma situação a que se chama "extintion burst". Este fenómeno pode ser explicado através da seguinte comparação ... alguém tem um carro novo que pega imediatemente quando roda a chave e um dia roda a chave e nada, a pessoa imediatamente chega à conclusão que o carro está avariado e chama o reboque, no entanto outra pessoa que tem um carro em quinta mão que por regra pega à quarta ou quinta vez que damos à chave na ignição, num certo dia dá a chave cinco e nada, tenta seis, sete, dez vezes, ou tenta durante uma meia hora até chegar à conclusão que realmente o carro nesse dia não vai pegar e chama o reboque. Antes de desistir esta pessoa vai tentar várias vezes com cada vez mais ansiedade até atingir um pico de frustração e de seguida desistir. Isto também acontece com os cães quando pretendemos extinguir um comportamento, e na verdade quando julgamos que está a piorar muitas vezes isso poderá ser um indicador que está na verdade a resultar e entrar em extinção.
Existem ainda situações em que o comportamento indesejado é um reforço em si para o cão, como por exemplo fazer exercicio na sala e o seu cão achar que é brincadeira e começar a saltar a rosnar, a ladrar, etc., impedindo o seu exercicio e adorando estar aos saltos por todo o lado. Nestas situações será mais aconselhável ensinar ao cão o que chamamos de comportamento incompativel. Ensinamos o cão, reforçando o comportamento, por exemplo a estar sentado ou deitado enquanto estamos a fazer exercicio na sala, paramos de pouco em pouco tempo para reforçar o cão no local onde está deitado (vamos aumentando o tempo entre as recompensas) até poder fazer todo o exercicio que queremos. É o que se chama comportamento incompativel porque enquanto está deitado, o cão não pode estar a saltar, e ele devido ao reforço vai preferir estar deitado.
O pico antes da extinção:
Ensino de comportamentos incompatíveis:
O limite do treino positivo está na imaginação do treinador.
Bons treinos!

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Continuação ... Guardar o recipiente de comida!

Traduzido de www.dogstardaily.com, escrito por Ian Dunbar.
Muitos treinadores tradicionais aconselhavam a que não nos aproximassemos do cão quando ele estava a comer. E embora seja um bom conselho deixar um cão de confiança comer sossegado, isso não é o mesmo que deixar um cachorro sem treino comer sozinho. Se o cachorro cresce a comer sem ninguém se aproximar, poderá não querer nenhum distúrbio quando for adulto. Eventualmente alguém precisará de incomodar o cão enquanto come e ai poderá vir ao de cima a sua surpresa e incompreensão através de um rosnar, uma dentada, etc.
Poderemos dizer às pessoas que não incomodem os seus cães enquantos estão a comer, mas primeiro certifiquem-se que enquanto cachorros eles sempre foram de confiança quando nos aproximavamos da comida ou mexiamos no recipiente. Ensine o seu cachorro não só a tolerar as pessoas à volta do recipiente, mas que se sinta agradado por ter pessoas perto dele enquanto come.
Segure o recipiente de comida do cão enquanto ele come a ração. Ofereça recompensas saborosas e mexa no cachorro, e ele aprenderá que as refeições são mais agradáveis quando existem pessoas por perto e dão festas e recompensas. Deixe o seu cachorro comer a ração do recipiente, ofereça a recompensa e retire temporariamente o recipiente enquanto o cachorro come a recompensa. Depois tente retirar o recipiente antes de dar a recompensa (dê a recompensa de seguida). Assim que ele perceber que poderá surgir uma recompensa sempre que tiramos a comida ele não se importará nada que lhe seja retirado o recipiente.
Quando o seu cachorro estiver a comer ração coloque a mão dentro do recipiente com uma recompensa saborosa e dê-lha. De seguida dê-lhe tempo para recomeçar a comer a ração seca e repita o procedimento. Faça-o várias vezes. O sue cachorro depressa se habituará e gostará do surgir repentino de mãos no recipiente de comida.
Sente-se ao pé do seu cachorro enquanto ele come, e convide os seus familiares e amigos a passarem perto do recipiente de comida enquanto ele come. Cada vez que alguém se aproximar coloque uma colher de comida de lata dentro do recipiente de comida. O seu cachorro associará entre a aproximação de pessoas e a comida de lata saborosa. Poderá também pedir à familia e amigos para atirar recompensas para dentro do recipiente de comida do cachorro. Ele ficará a adorar pessoas perto do seu recipiente de comida.
Poderá também colocar a ração seca do seu cachorro em cima da bancada e o recipiente no chão com apenas um pedaço de ração. Primeiro ele cheirará o reci+piente como que sem acreditar no que está a ver e depois comerá o pedaço de ração e procurará por todo o recipiente pelos pedaços que faltam e por último olhará para si. Afaste-se do recipiente e faça qualquer coisa ignorando o cachorro. Espere até que ele comece a pedir mais comida, vá até ao recipiente, levante-o do chão e coloque mais um pedaço de ração, espere que ele se sente ao seu pedido e coloque o recipiente novamente no chão.
O seu cachorro ficará mais calmo e com melhores maneiras. Divida a porção de ração da refeição em várias pequenas partes e assim ele aprenderá a gostar que se aproxime do recipiente.