terça-feira, 19 de julho de 2011

"Não"... no meu ponto de vista!

Muita gente faz da palavra "Não" o principal vocábulo do ensino e educação do seu cão e até do seu filho. A palavra é usada e abusada e das duas uma ou se torna amplamente insuficiente ou se torna insignificante. O cão é um animal complexo não podemos achar que com uma palavra podemos educar um cão, estabelecer uma relação baseada em interacções em momentos negativos apenas para corrigir o cão é rumar ao insucesso. Porque quem é que liga alguma coisa a um dono que só aparece ou se dirige a nós para chatear... ninguém... e será que a consequência do "Não" é assim tão má que não valha a pena continuar o que se estava  fazer? Muitas vezes sim.
Na minha comunicação com os meus cães costumo usar três palavras para marcar os seus comportamentos, uma das quais o "Não", uso-o apenas como marcador de comportamentos que não quero, não lhe atribuo qualquer sentimento, não sai com fúria ou irritação, sai como se estivesse num jogo de perguntas e respostas e o não é como o som que se ouve no final de uma resposta errada. É apenas isso uma maneira de comunicar que o cão errou, tem de mudar de comportamento porque aquele ou não o vai levar ao reforço que procura ou o vai levar a um castigo que não quer.
Há quem considere melhor usar outras palavras para não ter uma conotação tão negativa, mas acho pessoalmente que a carga negativa não está na palavra, está na forma como é dita... foi algo que aprendi com o Morgan Freeman, numa entrevista em que ele dizia isto acerca da palavra "Preto", falando do racismo.
Para além desta palavra uso mais duas como disse, o "Yes" como marcador positivo, para dizer ao cão que acertou e recompensar esse comportamento e o "Good" para lhe transmitir que está a ter o comportamento certo mas que ainda não acabou, tem de continuar para chegar à recompensa.

Bons Treinos!